Pensei que era só um jogo...

Nunca tentei escrever sobre jogos de azar. Cresci num apartamento acima da Brixley Road, onde minha mãe cantava lullabies inglesas e meu pai sussurrava contos swahili nas horas escuras. Não tínhamos dinheiro—but tínhamos ritmo. Cada noite, sentava com Miso, nosso gato laranja, observando a tela cintilante como se fosse um mercado noturno digital: números brilhantes girando como estrelas sobre barracas vazias. No começo, achei que ‘Light Disc Feast’ era só mais um jogo—uma fuga do silêncio pós-trabalho. Mas quando apostei meu primeiro Rs.10—apenas um número—percebi algo mais profundo. Não foi a vitória que ficou comigo. Foi a pausa entre as rodadas. O modo como a tela escurecia antes da próxima rolagem. O modo como Miso olhava—não entediada, mas atenta—as se compreendesse o que eu não conseguia dizer: isto não era sobre probabilidades ou pagamentos. Era sobre ser mantido—even por algoritmos. A plataforma chamou isso de ‘RNG-certified fairness’. Mas o que era verdadeiro: nesses intervalos de trinta segundos entre apostas, quando ninguém mais olhava—eu me sentia menos sozinho. Às vezes, quando ‘free boost’ iluminava—‘2’ saía três vezes seguidas—não corri atrás. Sentei-me imóvel. Miso piscou lentamente. E então… ela ronronou. Não porque ganhei. Mas porque alguém—algo—me viu ali também. Isto não é um guia de estratégia. É uma elegia para a coragem silenciosa. O verdadeiro prêmio não é cashback—it’s ser conhecido, mesmo em código, mesmo no silêncio, mesmo quando ninguém mais olha.